quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Que lixeira, que nada!


Lixeiras de rua. Algo interessante, que faz parte da paisagem urbana. Ali, quietinhas, perfiladas, instaladas defronte das casas e dos prédios públicos e, é claro, cada casa, cada loja, cada organização empresarial tem a sua instalada.
As lixeiras permanecem silenciosas, inertes, ora vítimas de tanta destruição ora, famintas, aguardando um segredo, uma conta, um resto de escrita, um caderno, ou a comida que sobejou por exemplo, vindas em embalagens diversas: sacos plásticos pretos, sacolinhas de supermercados, caixas de papelão e outras mais.
Gatos e cachorros adoram as mais baixinhas. Esses animaizinhos se servem da passividade delas para fazerem suas festinhas, frente ao desejo de bocados bem ensacados, entre restos e sobras.
Mas as lixeiras reservam outras surpresas. Que o diga a dupla Janjam, os Agentes de Serviços da escola Walfredo Fogaça. Eles quase enfartaram na última quinta-feira. Sim, o coração dos dois funcionários quase explodiu de tanto susto, perante algo por eles julgado infame, ultrajante.
A dupla rodeava o prédio escolar para uma inspeção de calçadas, quando, de repente, viu parar um carro nas proximidades da lixeira da escola e dele desceu uma pessoa em atitude suspeita.
A dupla de funcionários ficou à espreita, vigiando o “gato” e as estripulias que poderia fazer a partir daí. E eles ficaram estarrecidos com o que viram.
Do interior do veículo, o condutor retirou nada mais do que seis destes pacotes de cem litros de lixo e os depositou “tranquilamente” sobre a espaçosa lixeira escolar. A dupla não interveio e nem procurou satisfações com os “infratores” de lixeira alheia.
Indignados, deixando o gato zarpar após sua missão consciente “quase cumprida”, os funcionários passaram a observar os volumes ali deixados. Eram tantos, mas não tão pesados como costuma parecer sacos de cem litros.
Bingo!
Dentro dos sacos, acondicionados com certo esmero, estavam várias embalagens vazias de uma pizzaria que fica na avenida, próxima da escola.
A funcionária, quase soltando os "bofes", entrou na sala do diretor, contou a façanha presenciada e disse:
- Diretor, se não pegamos o gato, capturamos suas pegadas. Ao mostrar uma das embalagens, disse. - Olha aqui o número do telefone da pizzaria. Vamos ligar, não pedindo uma pizza, mas informando a gerência sobre a malandragem do funcionário da limpeza daquela (des)organização empresarial!

São José do Rio Preto, 06/11/2010

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