quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Então, então é Natal...

Mais um ano, mais uma celebração... e, de repente, a constatação pelo clima, pelos enfeites, pelas festas envolventes, pelo apelo comercial, pelas luzes, bolas, festões, brilhos, de que é, enfim, o Natal.

E o que é Natal, mesmo? Algumas definições: Capital do estado do Rio Grande do Norte; significa o dia do nascimento de alguém e, a solenidade cristã na qual se comemora o nascimento de Jesus Cristo. No enfoque capitalista, é o período do consumo, gasto para muitos, lucro para alguns.

Com efeito, não há como ignorar a abrangência, a universalidade, o calor emanado da festa de Natal, como uma corrente em forma de luzes e atrai, arrebata, e nos faz – ainda que por breves momentos – mais humanos, mais crentes na vida, nas pessoas e na felicidade de uma pequena luz a piscar ou deixar de fazê-lo, num pinheirinho natalino.

Embalados com o final de ano, de ciclo e também de vida – uma espécie de balanço do que se fez e do que se deixou de fazer - as pessoas se pegam assim com o espírito de papai Noel e passam a exalar do profundo d’alma um pouco do ouro, da mirra e do incenso que todos carregam. E, num instante mágico, fazem suas entregas.

A alegria da festa natalina parece formatar nas pessoas um jeito novo de viver e de ser, como se a vida, reinventada, permitisse uma interação total entre mortais.

Como a caminhada dos três reis magos, desejável seria que a alma humana se deixasse guiar, ao longo de dias, meses e anos, por esse espírito de saudação, de doação, de perdão e de vida e, a cada passo dado, badalar os sinos, para espalhar a boa notícia: o filho de Deus, mesmo que uns não queiram, nasce e renasce, no coração das pessoas. Daí, sim, perceber e dizer: então, Feliz Natal!

Depois do Natal, que valha o exercício a se praticar em todos os dias do novo ano, para, enfim, o dia nascer feliz, sorridente, alegre tornando possível, inclusive as segundas-feiras mais preguiçosas, retomada do trabalho e da vida que segue seu curso num eterno Natal.

São José do Rio Preto, 23 de dezembro de 2010

terça-feira, 30 de novembro de 2010

A força do amor

Empresto, com certa ousadia, o título da canção de Cleberson Horsth e Ronaldo Bastos, interpretada pela Banda Roupa Nova. Em toda a composição os autores sugerem a naturalidade como o amor se move e dizem: “abriu minha visão o jeito que o amor, tocando o pé no chão, alcança as estrelas. Tem poder de mover as montanhas, quando quer acontecer, derruba as barreiras”.
De fato. No último domingo, dia 21 de novembro, percebi o fantástico poder e o mágico movimento de montanha, num pequeno gesto. A cena por si pode se nominar como as razões do amor. Muito embora, de acordo com os místicos e os apaixonados, o amor não tem razão alguma. Silésius, místico medieval, dizia que o amor pode ser comparado à rosa, já que ela não tem porquês: floresce porque floresce.
Então, era domingo, final de primavera, aragem quente na paisagem do interior paulista, estava num hospital, acompanhando meu sogro em sua luta pela vida. Dura batalha travada por ele ressalte-se.
Ele, ali com suas dores e temores, parecia não se importar se era domingo, nem com a temperatura, nem mesmo se havia uma partida de futebol, uma de suas diversões prediletas, ocasião em que, como corintiano da cor da paixão, o arrebatasse para a televisão, como forma até de minimizar as agruras do tratamento.
O mar não estava para peixes, nem o dia para futebol. A magia da TV não fora o bastante para aliviar dores insistentes.
Quase no final da tarde, o jogo acabando, com a quase vitória do time de Parque São Jorge, ou do Pacaembu ou quiçá do Itaquerão, o amor, esse sentimento dimensional, deu as caras e fez confirmar mais um dos versos da canção que se emprestou para essa reflexão: “não tem hora de chegar” e entrou de mansinho, alegrando o ambiente. Minha mulher, palmeirense confessa, muito simpática ao Santos Futebol Clube, trouxe, sem hora certa de chegar, uma demonstração de amor que se dá graciosamente, como sentimento que se semeia ao vento, para muito mais daquilo que, porventura, esteja fixado nos livros, nos poemas, ou em regulamentos. Ama-se e pronto; ama-se, porque se ama.
Ela buscou sua inspiração nas portas dos apartamentos que ostentavam que mais uma Natália, ou Pedro, ou Eduardo, ou mesmo Giovana tivessem vindo ao mundo. À porta de seus quartos, a vida se estendia resumida num par de sapatinhos, num instrumento musical, numa minúscula camisa ou outra forma de expressão de que o amor ali frutificara.
Não deu outra: para homenagear o pai, fazer dele o seu motivo e movimento de amar, passou parte de sua tarde, em casa, a preparar os adornos a um par de chinelos do tipo havaianas, que o seu genitor ganhara, atá-los bem entre fitas alvinegras, para enfeitar a entrada do apartamento.
O amor se deu, movimentou-se, ergueu os pés e tocou as estrelas, em forma de gol, em forma de time, de paixão, ali se metaforizou e ganhou a simpatia de enfermeiros e transeuntes taciturnos que, muitas vezes, fazem dos corredores de hospitais, seus espaços para breves caminhadas.
A vitória pretendida pelo timão foi barrada naquele domingo pelo Vitória, mas o amor filial se fez forte e lá ficou dependurado, expressão máxima de inspiração e de admiração. Sou obrigado a vergar-me a Silésius: o amor, tal qual a rosa, floresce porque acontece.

São José do Rio Preto, 24 de novembro de 2011.



quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Que lixeira, que nada!


Lixeiras de rua. Algo interessante, que faz parte da paisagem urbana. Ali, quietinhas, perfiladas, instaladas defronte das casas e dos prédios públicos e, é claro, cada casa, cada loja, cada organização empresarial tem a sua instalada.
As lixeiras permanecem silenciosas, inertes, ora vítimas de tanta destruição ora, famintas, aguardando um segredo, uma conta, um resto de escrita, um caderno, ou a comida que sobejou por exemplo, vindas em embalagens diversas: sacos plásticos pretos, sacolinhas de supermercados, caixas de papelão e outras mais.
Gatos e cachorros adoram as mais baixinhas. Esses animaizinhos se servem da passividade delas para fazerem suas festinhas, frente ao desejo de bocados bem ensacados, entre restos e sobras.
Mas as lixeiras reservam outras surpresas. Que o diga a dupla Janjam, os Agentes de Serviços da escola Walfredo Fogaça. Eles quase enfartaram na última quinta-feira. Sim, o coração dos dois funcionários quase explodiu de tanto susto, perante algo por eles julgado infame, ultrajante.
A dupla rodeava o prédio escolar para uma inspeção de calçadas, quando, de repente, viu parar um carro nas proximidades da lixeira da escola e dele desceu uma pessoa em atitude suspeita.
A dupla de funcionários ficou à espreita, vigiando o “gato” e as estripulias que poderia fazer a partir daí. E eles ficaram estarrecidos com o que viram.
Do interior do veículo, o condutor retirou nada mais do que seis destes pacotes de cem litros de lixo e os depositou “tranquilamente” sobre a espaçosa lixeira escolar. A dupla não interveio e nem procurou satisfações com os “infratores” de lixeira alheia.
Indignados, deixando o gato zarpar após sua missão consciente “quase cumprida”, os funcionários passaram a observar os volumes ali deixados. Eram tantos, mas não tão pesados como costuma parecer sacos de cem litros.
Bingo!
Dentro dos sacos, acondicionados com certo esmero, estavam várias embalagens vazias de uma pizzaria que fica na avenida, próxima da escola.
A funcionária, quase soltando os "bofes", entrou na sala do diretor, contou a façanha presenciada e disse:
- Diretor, se não pegamos o gato, capturamos suas pegadas. Ao mostrar uma das embalagens, disse. - Olha aqui o número do telefone da pizzaria. Vamos ligar, não pedindo uma pizza, mas informando a gerência sobre a malandragem do funcionário da limpeza daquela (des)organização empresarial!

São José do Rio Preto, 06/11/2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Estudantes da quarta série da EE Walfredo Fogaça conquistam etapa local da Jornada de Matemática


Os alunos de 4ªs séries do Ensino Fundamental, da EE Prof. Walfredo de Andrade Fogaça provaram, ontem 19/10/2010, em etapa local da Jornada de Matemática 2010, realizada na Diretoria de Ensino Região de São José do Rio Preto, serem bons em números, cálculos e resolução de problemas.
A Jornada de Matemática entrou na sala de aula não para identificar e premiar os melhores alunos mas, principalmente, para despertar o interesse, estimular e melhorar a aprendizagem dessa disciplina.
Iniciativa da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, o evento apoia as escolas na criação de um contexto favorável para o desenvolvimento das habilidades de cálculo e resolução de problemas; das capacidades de investigar, usar estratégias diversificadas no controle de resultados e trabalhar em equipe.
Para a Prof.a Nilza Piovan, docente da 4ª série A da unidade escolar, foi grata a participação da equipe representada por seus alunos, pois demonstraram, competências e habilidades ensinadas no cotidiano escolar, para lidar com o cálculo, algoritmos e problemas em contextos desafiadores.
O Diretor da Escola, Prof. Elísio Vieira de Faria argumenta qu e a vitória dos alunos é o resultado do trabalho que se estabelece no dia-a-dia da escola: dotar os alunos de habilidades leitura, de cálculo e, acima de tudo, contribuir para a ampliação das competências matemáticas, já que a sociedade tem exigido, cada vez mais, sujeitos capazes de refletir sobre situações diversas, avaliar e decidir.

A direção da unidade escolar foi parabenizada por especialistas da Diretoria de Ensino - Professores Coordenadores de Oficina Pedagógica e Supervisores pelo alto nível de comprometimento da equipe participante, pela dedicação à Jornada. Esse cumprimento, segundo a Coordenação e Direção reconhece o trabalho docente e o esforço dos alunos.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Copa verde


Tenho duas grandes comemorações a brindar: a criação de meu blog e o assunto da primeira postagem. Trata-se de um projeto profissional, desenvolvido pela equipe escolar em que sou Diretor: o projeto copa verde.

Em tempos de copa do mundo, jamais nos furtaríamos em abordar a temática nos conteúdos curriculares. E, para fazê-lo, não deixamos de lado nosso projeto carro-chefe: o meio ambiente, a partir do espaço interno da escola, seu entorno e a vida em sua inteireza.


Pois bem: copa verde foi o recorte dado ao projeto, que envolveu o alunado, professores, equipe técnica, pais e a comunidade geral da unidade escolar.


A África do Sul foi trazida para o interior da escola. Um estudo bastante amplo tomou conta das atividades acadêmicas. O estudo do país sede, sua gente, sua cultura, sua luta, sua gente, suas cores e arte, representadas pela criação de vasos com motivos africanos, a partir da reciclagem e da reutilização de material, com o estudo de formas geométricas.


Para falar em copa do mundo com nossas crianças, fizemos um resgate das cançôes que marcaram época das copas gloriosas, ganhas ou não pelo Brasil. É o caso de Prá frente Brasil, de Miguel Gustavo, entoado pelo coral formado pelos seiscentos alunos da escola. Além dessa canção, outras músicas temáticas sobre o futebol e a paixão que o envolve: Fio Maravilha, É uma partida de futebol e outras.


A Balada número 7 foi outra canção que mobilizou os alunos ao estudo da letra que homenageia a saudade de Mané Garrincha, o anjo das pernas tortas.


Músicas cantadas, interpretadas, analisadas, coreografadas em números de ginástica rítmica e artística, marcaram o momento esportivo-cultural na etapa de exposição do projeto aos pais e convidados.


Para isso, organizou-se um estudo dos países participantes do evento: cultura, localização em mapas e globo, comida, lingua, população, traje típico etc. Um desfile de todas as delegações, iniciado pela África do Sul, ladeado pelo Brasil, simbolizando as nações que se congregam em torno dos objetivos futebolísticos.


Um momento de produção acadêmico-cultural importante para a vida dos alunos e de seus professores. Depoimentos verbais dos pais comprovam que a escola pode construir conhecimentos sólidos a partir de ideias simples.



Esse é, sem dúvida, o texto com o qual, aproveitando a magia do mundo digital e das possibilidades que as ferramentas da web 2.0 permitem para dar (mais) vida às coisas.