Segunda-feira,
26 de outubro de dois mil e nove. Um desses dias preguiçosos para todos, e, em
especial para professores e alunos da escola pública, que têm trabalhado aos
sábados para repor o período do recesso gripado. O porco ainda anda dando
trabalho!
Ainda era bem
cedo. As pessoas caminham para seus diferentes destinos. Os carros, ônibus e
motos subiam e desciam a Avenida Mirassolândia em seu ritmo frenético, para levar
seus passageiros aos diversos recantos da cidade.
No primeiro
balão, perto da escola que tem o mesmo apelido, de longe vi algo que piscava e
pensei: - será que já é Natal? Sem ter respostas, numa confusão de idéias olhei
para os lados procurando outras alegorias, festões, cordões, renas, papais noéis,
árvores e tudo mais que torna o Natal mais real, mesmo que ainda seja outubro.
Afinal, as lojas, passado o Dia das Crianças, apelam imediatamente para o nosso
sentido consumista e nos faz pensar nos presentes das pessoas queridas, que,
durante todo o ano, convivemos juntos e, como de praxe, nos final do ano, nosso
lado Papai Noel aflora, a ponto de nos fazer distribuir, entre laços e abraços,
blusas, camisetas, livros e brinquedos.
De repente, me toquei: vi que
eram luzes a piscar, não aquelas de Natal. Era o painel do novo radar,
instalado perto do balão - em testes - para diminuir a pressa nossa de cada
dia, seja na corrida para a escola, para o trabalho, sempre com o alvo de não perder
tempo, e assim, lembrar os apressados que a vida precisa de pausas, nem que
seja o momento em que os Correios nos tragam uma surpresa. Não aquela carta com
a resposta do pedido atendida pelo bom velhinho, mas o aviso da Prefeitura
lembrar que velocidade tem limite, e, ao desrespeitar os sinais,
particularmente o radar, multa nas carteiras dos motoristas.
São José do
Rio Preto, 26 de outubro de 2009.
Crônica realizada
a pedido da Prof.a Luciene para problematizar o assunto com seus alunos do
quinto ano.
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